segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nego - Cantor e Compositor



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Nascido em Nova Iguaçu, no dia 15 de agosto de 1959, Edson Marcondes Feliciano, o Nêgo, tornou-se um dos mais renomados intérpretes de samba do carnaval brasileiro. É o maior vencedor do prêmio Estandarte de Ouro, na categoria Melhor Intérprete de Samba Enredo, concedido pelo jornal O Globo, tendo vencido nos anos de 1991, 1994, 1999, 2004 e 2006.
No início, ele era apenas o irmão de Neguinho da Beija-Flor. No entanto, graças ao seu trabalho e talento, lutou e conseguiu o seu lugar ao sol com brilho próprio. É um intérprete de primeira linha e importante compositor do carnaval carioca.
Nêgo começou na Beija-Flor, em 1976, auxiliando seu irmão na condução da escola de Nilópolis. Em seguida, junto com Neguinho, vieram as primeiras parcerias e composições. Nêgo resolveu alçar vôo solo logo após o carnaval de 1985, ao receber um convite do presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta. “Se eu permanecesse na Beija-Flor, meu nome sempre ficaria atrelado ao de Neguinho, então resolvi ir atrás do meu próprio caminho”, afirmou.
O primeiro samba cantado na escola do Morro do Borel foi alvo de controvérsias. Muita gente torceu o nariz para “Cama, mesa e banho de gato”, de 1986, uma visão carioca e bem-humorada dos sete pecados capitais. Nego acredita que a escola foi vítima de preconceito. “A Tijuca já era dada como rebaixada antes mesmo de desfilar”, revela. No ano seguinte, ao invés de apresentar novamente um enredo irreverente, a escola preferiu contar a história do dinheiro com “As três faces da moeda”. Para dizer que o tema era sério, Nêgo criou o grito de guerra "Alô, povão! Agora é sério! Canta, Borel!". A escola fez um belo desfile e retornou para o Grupo Especial.
Nêgo permaneceu oito anos na Unidos da Tijuca, mas um convite irresistível de Laíla, que passou a dirigir o carnaval da emergente Acadêmicos da Grande Rio, o levou para a escola de Caxias em 1992. Na Grande Rio, foram dez anos. O intérprete ainda teve duas passagens pelo Grupo A nos anos de 1992, quando defendeu o Arranco, e em 1999, quando foi o intérprete oficial da Villa Rica.
Nêgo trocou Caxias pelo Salgueiro em 2001. Ele vinha defendendo o samba de autoria de Augusto, José Carlos da Saara e Rocco Filho durante as eliminatórias. Ao vencer a disputa, Nêgo foi convidado pela diretoria da escola a permanecer na agremiação e cantar “Salgueiro no Mar de Xarayés, é Pantanal, é carnaval”. Repetiu a dose em 2002 até retornar à Unidos da Tijuca em 2003.
Suas elogiadas performances renderam o convite para puxar “Aquarela Brasileira”, que o Império Serrano resolveu reeditar em 2004. Nêgo agarrou a preciosa chance, conquistando mais uma vez o Estandarte de Ouro. Manteve-se no Império Serrano até o carnaval de 2007. Transferiu-se para a Viradouro em 2008, mas retornou ao Império Serrano no ano seguinte e defendeu a reedição do samba "Lendas das Sereias, Mistérios do Mar". Em 2010, dividiu com David do Pandeiro o microfone oficial da Mocidade. Também em 2010, fez expedientes nos carnavais da Região Sul, defendendo a União da Ilha da Magia em Florianópolis e integrando o carro de som da União da Vila do IAPI em Porto Alegre.
Nos últimos anos, Nêgo vem se destacando com vitórias importantes nas eliminatórias de samba enredo. Nas disputas para o carnaval 2010 venceu na Beija-Flor, Imperatriz, Grande Rio e na paulistana Vai-Vai. Este impressionante retrospecto fez de Nêgo um intérprete cada vez mais requisitado pelos compositores para as disputas nas quadras. Nas eliminatórias para o carnaval 2011, ele está defendendo sambas nas disputas da Unidos da Tijuca, Grande Rio, Beija-Flor, Salgueiro, Imperatriz, São Clemente, Viradouro, Vai-Vai, União de Jacarepaguá e Alegria da Zona Sul.
Seu estilo é vibrante na avenida, conciliando uma correta condução do samba com a empolgação do público e dos componentes da escola.

fonte: http://blogdointerpretenego.blogspot.com

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